Não sei você, mas eu sou assim, tenho lapsos de
memória de minha infância e, a não ser que alguém puxe o assunto e fale dos
detalhes, raramente irei lembrar. Porém, hoje foi diferente.
Sai do carro e minha mãe disse “toca o interfone”.
Toquei. Abri o portãozinho e logo parei, debrucei nele e comentei com minha mãe
que há anos não fazia o que havia acabado de fazer.
Abriu-se a porta, entramos. Ahhhh, o sofá! Meu
cantinho, aquele da esquerda, no sofá maior. Me joguei nele e “poxa vida, esse
tapete, essa mesinha, olha! O espelho, a mesa de vidro que vira se debruçar
nela...” e meu pensamento foi interrompido com a fala:
Vamos comer antes que a pizza esfrie! – disse a dona
da casa, sempre!
Sentei, olhei para o lado direito e txãrãnnn, lá
estava a porta que dá acesso à área externa da casa, onde tem uma mesa de
granito com 2 bancos, onde nós, que antes éramos crianças, sentávamos juntas.
Poutz, que saudade.
Comemos, conversamos e, caraca, como crescemos. Isso
porque, das antigas crianças, só eu estava presente. “Mas perae, como assim o
irmão mais novo dos gêmeos já está com 20 anos? Pulei da 1ª para a 5ª temporada
de friends?”.
Fui ao banheiro e como é impressionante como tem
coisas que nos lembram de épocas felizes, importantes e marcantes né? Ver
aquele suporte de papel higiênico me fez lembrar em como eu sempre ficava encantada
por ele ser todo diferentão.
Saí e não pude deixar de ir ao quartinho/escritório
secreto e sempre muito respeitado. Ahhhh, quanta saudade da época que não tinha
wi-fi e tínhamos que nos virar para inventar brincadeiras ou revezar nos
joguinhos do Windows 96/98 hahahaha.
Como diria o grande profeta: “o tempo voa amor,
escorre pelas mãos...”
Foi bom, foi legal, foi divertido!