segunda-feira, 29 de setembro de 2014

2 meses...




Acordei, olhei para o calendário e lá estava “2 meses cir.”, já se passaram dois meses e algo que achei que fosse demorar tanto tempo para passar, passou tão rápido que nem percebi. Dois meses marcados por lutas, coragem, mudanças, persistência, amizades, orações, doações, campanhas, esperança e acima de tudo, FÉ!
Era 29 de Julho de 2014, acordei passando muito mal como todos os outros dias do mês de julho, apesar disso, acordei feliz, pois tinha um exame de endoscopia de rotina e sabia que meu problema iria ser solucionado através desse exame. 9h da manhã e estava na beira da mesa junto com minha mãe, avó, tia e a dona Maria do Avon, elas tomavam café da manhã e eu, em jejum, aguardava a hora de sair.
Fim do café e fomos, eu e minha mãe, para o consultório. Chegamos, aguardei um pouco e lá fui eu para a salinha do exame. Logo avisei o Dr. Wladimir, meu médico, de que há 3 dias não comia nada e só vomitava. Deitei, ele me anestesiou, fechei os olhos, abri a boca, o exame começou e após várias tentativas ouvi: “pode levar...”, palavras tristes e cheias de preocupação que vieram do médico. A enfermeira me levou para o “quartinho do sono” e pensei “meu anel virou hehehe eu sabia... eu sabia!”, logo depois ela veio me chamar, abri os olhos e sorrindo falei “Virou né?” e ela, tentando disfarçar a preocupação com um sorrisinho, acenou um sim com a cabeça e disse que eu seria internada e operada imediatamente. Levantei, caminhei até minha mãe que me aguardava com uma cara de choro, tristeza, preocupação e medo, olhei para ela e sorrindo disse “Virou né? Hehehe Vamos lá \o/”.
Chegamos ao hospital, assinei os papéis da internação, fomos para o quarto e 11h eu já estava deitada naquela que seria minha cama por alguns dias. “E agora, quem ficará aqui comigo pra minha mãe ir resolver as coisas?”, “Quantos dias ficarei aqui?”, “Como será depois?”, “Vou conseguir beber água?”, ai... ai... muitas questões e apenas uma certeza, de que Deus estava ali junto comigo, me dando paz, alegria e tranquilidade e enquanto isso, meu médico estava louco atrás de algum médico para ajudá-lo na cirurgia. Por fim, ele passou no quarto e sentenciou “Nelisa, vou te operar hoje, às 19h!", os céus ouviram, os anjos se estavam preparados, o Espírito Santo, o consolador, estava ali me confortando, Jesus Cristo, o Filho, estava intercedendo por mim, Deus, o Pai, ‘bateu o martelo’ e eu apenas disse “AMÉM!“.
Após um tempo chegaram àquelas que seriam meus braços e boca por alguns dias, minhas companheiras e fiéis escudeiras, Júlia (Ret) e Letícia (Cu). Ah! Que alegria, que alívio, que festa! Enquanto todos se desesperavam, corriam com tudo, eu estava lá, deitada, tranquila e tirando foto com as meninas! HAHAHAHA
18h45 e ouço da porta a enfermeira dizer “Chegou a hora, vamos lá Nelisa?!”, as visitas saíram, fechei os olhos e orei “Senhor, continue comigo. Amém!”, sai, dei tchau pra minha mãe, irmão e cunhada, fechei novamente os olhos e fui para o centro cirúrgico. Muitas pessoas, braços presos, pressão controlada, meu médico chegou, tudo ok, vamos começar, anestesia, sono profundo e... acordei, “DOOOOORRRRR, MUITA DORRRRRRR, ESTOU COM DORRRRRRR, MOÇO, MOÇO, MOÇOOOO, EU TO COM MUITA DORRRRRRRR”, palavras que saíram de mim em gritos, porém, foram apenas sussurros. Remédio aplicado e fui levada de volta para o quarto. Minha cama, minha mãe, meu soro, minhas queridas enfermeiras, meus remédios, meu Deus, quanta dor! Dormi, acordei e não havia mais dores e nem o anel bariátrico, apenas meu médico parado no pé da cama, sorrindo e dizendo “Foi um SUCESSO, você ficará boa!”, respirei aliviada e dei Glória a Deus. Outro dia, novidades, mudanças, outros remédios, Júlia e Letícia lá, não podia comer e nem beber e bora começar a recuperação e cicatrização dos 11 pontos.
Foram dias complicados, dis que minha única esperança era de que tudo ficaria bem e fé de que Deus continuaria ali do meu lado. Visitas, preocupações, sorrisos, alívio, mais remédios, muitas ligações, diversas orações, mensagens, facebook bombou hahaha, enfermeiras lutando para achar minha veias, pedidos de cura para minha vida, Julia das 7h às 18h e Letícia se desdobrando entre seus períodos de folga firmes e fortes comigo, irmão preocupado ligando todo dia e visitando toda tarde, mãe dormindo todos os dias comigo, pai, mesmo que longe fisicamente, estava super presente nas orações e ligações, com ele minhas tias Railda e Vanilda, minha família de sangue e da fé e amigos de perto e longe, que se uniram em meu favor.
01 de Agosto de 2014, alta do médico, estava em casa, na minha cama, enfim!
Recuperação ok, visitas e novas dores, duas noites sem dormir, mais orações, hospital de madrugada, soro com remédio 2x, mais dores, exames e uma nova internação... mas isso é história para outro post.
“Deus, obrigada por não ter desistido de mim, por tantos anjos ao meu redor, por tantas pessoas orando em meu favor e obrigada por ter escutado a cada uma, dos mais novos e dos mais velhos, dos mais próximos e dos mais distantes. Obrigada pelas visitas, mensagens e recados. Obrigada por estar sempre perto e pela presença confortante do teu Espírito Santo. Louvado seja Teu nome através da minha vida e desse testemunho, pois sem a Tua presença e Teu favor, eu não poderia contar nada disso. Glórias sejam dadas a Ti pela tua infinita misericórdia e seu imensurável AMOR!”
Bjones
Nelisa

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Bjones e Deus abençoe.

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